"Dupla função → Francisco Dias é um dos rostos principais da actual secção de basquetebol do Beira-Mar, assumindo, em simultâneo, as funções de dirigente e de atleta.
«Tudo se torna fácil porque este é um grupo muito coeso»
Como é que surgiu a possibilidade de ser dirigente da secção de basquetebol do Beira-Mar e simultaneamente continuar como atleta da equipa sénior?
Tudo começou quando, há três anos atrás, surgiu o convite para fazer parte da equipa sénior masculina que iria voltar à competição. Acabei por aceitar o convite porque foi uma oportunidade de voltar a vestir a camisola do Beira-Mar no único escalão que me faltava competir. Entretanto, e uma vez que sempre acompanhei de perto a realidade do clube, as pessoas que estavam à frente da secção começaram a pedir-me algum apoio em assuntos que não directamente relacionados com a equipa. No final da época passada, incentivei o Hugo Reis para que assumisse a coordenação da secção e senti-me na obrigação de o apoiar de perto naquilo que me fosse possível. A continuidade na equipa sénior foi uma decisão do treinador, que fez questão em continuar a contar com todos os atletas que transitaram da época passada.
O facto de continuar como jogador, joga a favor da sua função de «dirigente» ou coloca-lhe dificuldades?
Face à realidade da equipa, não coloca qualquer dificuldade. Estamos a falar de um grupo muito coeso, com jogadores experientes que já se conhecem há muito tempo. Dentro de campo, sou um jogador como outro qualquer e tento fazer o melhor para ajudar a equipa. Fora de campo, ajudo noutras situações, mas essa é uma realidade extensível a outros elementos da equipa. O importante é dizer que toda a ajuda é necessária, daí que as pessoas que gostem do clube e da modalidade são sempre bem-vindos a colaborar com a secção.
A equipa sénior masculina tem como objectivo subir de divisão?
Desde o início que esse foi um objectivo assumido por todos. Seria muito mais cómodo não assumir essa vontade, porque ao estabelecermos um objectivo desportivo no início da época, somos obrigados a responder por ele no final. Não seríamos sérios se não assumíssemos que queremos subir de divisão.
Vão manter a aposta no feminino?
A equipa sénior feminina é uma aposta clara da secção e tem todas as condições para se manter. Este ano só não estão na luta pela subida à primeira divisão, porque o Sporting Figueirense tem argumentos completamente distintos.
E como está a formação do clube?
Está a recuperando o que já foi no passado. Apesar dos bons resultados das equipas seniores, o principal objectivo da secção é recuperar o conceito de escola de basquetebol. Para isso, tínhamos dois caminhos a escolher: ou apostar na formação de base, através do minibasquete, ou tentar ir buscar jogadores a outros clubes para tentar obter resultados mais imediatos. Escolhemos a primeira opção porque é a mais séria e porque acredito que será aquela que terá resultados mais sustentados no futuro
A mística do basquetebol do Beira-Mar ainda existe?
O Beira-Mar é sem dúvida um clube que vive o basquetebol de uma forma muito própria. Em nenhum outro campo onde jogamos, encontramos as assistências que vemos no Alboi. Os Ultras Auri-Negros criam um ambiente fantástico e o apoio dos adeptos tem sido essencial para o caminho que estamos a percorrer. Julgo que podemos falar de uma identidade comum que se traduz na tal "mística" que se vive no Alboi.
O basquetebol do Beira pode, um dia, regressar ao patamar que atingiu num passado?
É difícil responder a essa pergunta, porque o basquetebol é hoje uma modalidade diferente daquela que se vivia nos anos 80 ou 90. Depois, porque para chegar a esse nível, a secção tem que encontrar patrocinadores que sustentem o trabalho que está a ser desenvolvido. Também não podemos esquecer que a própria conjuntura económica não é a mais favorável e não nos podemos abstrair do momento conturbado que o clube ultrapassa. São questões que nos obrigam a ser prudentes nos passos que damos, embora não esconda que gostaria de voltar a ver o Beira-Mar a jogar ao mais alto nível no basquetebol nacional."
«Tudo se torna fácil porque este é um grupo muito coeso»
Como é que surgiu a possibilidade de ser dirigente da secção de basquetebol do Beira-Mar e simultaneamente continuar como atleta da equipa sénior?
Tudo começou quando, há três anos atrás, surgiu o convite para fazer parte da equipa sénior masculina que iria voltar à competição. Acabei por aceitar o convite porque foi uma oportunidade de voltar a vestir a camisola do Beira-Mar no único escalão que me faltava competir. Entretanto, e uma vez que sempre acompanhei de perto a realidade do clube, as pessoas que estavam à frente da secção começaram a pedir-me algum apoio em assuntos que não directamente relacionados com a equipa. No final da época passada, incentivei o Hugo Reis para que assumisse a coordenação da secção e senti-me na obrigação de o apoiar de perto naquilo que me fosse possível. A continuidade na equipa sénior foi uma decisão do treinador, que fez questão em continuar a contar com todos os atletas que transitaram da época passada.
O facto de continuar como jogador, joga a favor da sua função de «dirigente» ou coloca-lhe dificuldades?
Face à realidade da equipa, não coloca qualquer dificuldade. Estamos a falar de um grupo muito coeso, com jogadores experientes que já se conhecem há muito tempo. Dentro de campo, sou um jogador como outro qualquer e tento fazer o melhor para ajudar a equipa. Fora de campo, ajudo noutras situações, mas essa é uma realidade extensível a outros elementos da equipa. O importante é dizer que toda a ajuda é necessária, daí que as pessoas que gostem do clube e da modalidade são sempre bem-vindos a colaborar com a secção.
A equipa sénior masculina tem como objectivo subir de divisão?
Desde o início que esse foi um objectivo assumido por todos. Seria muito mais cómodo não assumir essa vontade, porque ao estabelecermos um objectivo desportivo no início da época, somos obrigados a responder por ele no final. Não seríamos sérios se não assumíssemos que queremos subir de divisão.
Vão manter a aposta no feminino?
A equipa sénior feminina é uma aposta clara da secção e tem todas as condições para se manter. Este ano só não estão na luta pela subida à primeira divisão, porque o Sporting Figueirense tem argumentos completamente distintos.
E como está a formação do clube?
Está a recuperando o que já foi no passado. Apesar dos bons resultados das equipas seniores, o principal objectivo da secção é recuperar o conceito de escola de basquetebol. Para isso, tínhamos dois caminhos a escolher: ou apostar na formação de base, através do minibasquete, ou tentar ir buscar jogadores a outros clubes para tentar obter resultados mais imediatos. Escolhemos a primeira opção porque é a mais séria e porque acredito que será aquela que terá resultados mais sustentados no futuro
A mística do basquetebol do Beira-Mar ainda existe?
O Beira-Mar é sem dúvida um clube que vive o basquetebol de uma forma muito própria. Em nenhum outro campo onde jogamos, encontramos as assistências que vemos no Alboi. Os Ultras Auri-Negros criam um ambiente fantástico e o apoio dos adeptos tem sido essencial para o caminho que estamos a percorrer. Julgo que podemos falar de uma identidade comum que se traduz na tal "mística" que se vive no Alboi.
O basquetebol do Beira pode, um dia, regressar ao patamar que atingiu num passado?
É difícil responder a essa pergunta, porque o basquetebol é hoje uma modalidade diferente daquela que se vivia nos anos 80 ou 90. Depois, porque para chegar a esse nível, a secção tem que encontrar patrocinadores que sustentem o trabalho que está a ser desenvolvido. Também não podemos esquecer que a própria conjuntura económica não é a mais favorável e não nos podemos abstrair do momento conturbado que o clube ultrapassa. São questões que nos obrigam a ser prudentes nos passos que damos, embora não esconda que gostaria de voltar a ver o Beira-Mar a jogar ao mais alto nível no basquetebol nacional."
in desportoaveiro.blogs.sapo.pt
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