AG tranquila

Na AG de ontem, que decorreu em clima de tranquilidade e concórdia, a direcção do SC Beira-Mar apresentou o orçamento para o futebol profissional – época 2010/2011. Em resumo, o clube espera encaixar 3.622 milhões de euros e que os custos ascendam a 3.551 milhões de euros, o que poderá representar um resultado operacional no valor de 71.194 euros. Para valores mais concretos consultar a notícia do notícias de aveiro.

Para os sócios interessava (em especial) o ponto 2 da assembleia: condições de ingresso nos jogos e o famigerado regresso do dia do clube (que levantou alguma celeuma na caixa de comentários deste blogue). Aqui cumpre salientar uma nota: Antes da realização da assembleia comungávamos (em termos gerais) da posição assumida na AG pelo sócio Carlos Gabriel: Entendíamos (sem conhecer a proposta) que, no fundo, esta medida acabaria por sacrificar aqueles que mais contribuem e acreditam no clube: os sócios que têm as suas quotas em dias, que não estão à espera das boleias dos convites ou dos perdões no pagamento de quotas (muito) atrasadas.

Depois de ouvirmos a proposta da direcção percebemos que não era bem assim. Por dois motivos: Desde logo, pelo valor a mais que os sócios terão de pagar nos jogos vs 3 grandes (apenas + 2 euros do que o habitual – em vez dos 3 euros passa para 5 euros) e por este cenário só se aplicar aos sócios que optem por não adquirir o cartão anual.

Assim, a aposta da direcção vai para a promoção da compra/renovação do cartão anual (a partir de 20 de Julho de 2010) por parte dos sócios – Preço: 45 euros. A este preço acrescerá o valor da quota mensal. Quem comprar o lugar anual... não pagará “quota extra” ou, por outras palavras, não suportará o acréscimo de 2 euros resultante da implementação da iniciativa do “dia do clube” e não terá de efectuar o pagamento adiantado referente a 6 meses de quotas (no caso de ser novo sócio).

Como explicou Mário Costa, o Beira-Mar decidiu não aumentar as quotas, atendendo à situação económico-financeira que o País atravessa, optando por tentar “ir buscar” alguns “trocos” através desta iniciativa. Reiteramos o termo “trocos” uma vez que o saldo final do “dia do clube” não será por aí além (para o SCBM). É que apesar do Beira-Mar ter aproximadamente 3 mil sócios pagantes nunca irão assistir a cada partida vs grandes os 2.000 sócios sugeridos pelo sócio Carlos Gabriel no exemplo que deu ontem na AG. Serão muito menos. Pelo que, consideramos que a medida em si (e só por si) não irá traduzir um aumento considerável da receita mas também não irá representar um sacrifício “injusto” para os sócios.

Entendemos, ainda, que a direcção deverá estar receptiva a estudar as propostas sugeridas por alguns dos sócios presentes (Domingos Macedo, Gladys Nunes e Carlos Gabriel) no sentido de promover campanhas de angariação de sócios. O Beira-Mar tem de aproveitar a presença na I divisão para crescer em número de associados.

De elogiar a venda dos novos cachecóis do SC Beira-Mar à entrada da AG e a postura transparente da direcção relativamente à apresentação do orçamento (não obstante os números apresentados serem muito diferentes daqueles que foram avançados por Mário Costa na AG que determinou o chumbo da SAD).

Força Beira-Mar!