Beira-Mar 1 - 1 Penafiel

E vão 2 empates em 2 jogos realizados em Janeiro, ambos em casa.

Tendo em conta o mau estado do relvado, sobretudo na zona central, assistimos a uma boa 1ª parte com as 2 equipas a jogar "aberto", a querer ganhar o jogo, disputado a bom ritmo. Apesar do equilibrio, o Beira-Mar foi melhor do que Penafiel, sobretudo a partir dos 15', período em que assumiu as despesas do jogo e criou várias situações de golo, sobretudo depois de estar em vantagem (1-0 marcado por Vitinha - recentemente dispensado!), após cruzamento na direita de Vasco Matos. Destacamos 2 lances semelhantes em que Vitinha e Vasco Matos isolados frente a Palatsi não conseguiram marcar (nem sequer rematar), embora este tenha muito mérito nos 2 lances. Fez relembrar velhos tempos, de grandes exibições em Aveiro. No final da 1ª parte, quando já todos esperavam o intervalo, Primo faz falta à entrada da área. Livre perigoso para o Penafiel. Luíz Almeida julga que Bakero vai atirar sobre a barreira, posiciona-se mal na baliza e dá um passo para a sua direita, permitindo que a bola entre pelo "seu lado". 1-1 ao intervalo, injusto para o Beira-Mar que podia ter feito 3-0 sem grandes problemas, prémio para a forma descomplexada como o Penafiel encarou o jogo.

Na 2ª parte, uma vez mais, o Beira-Mar caiu. Falta frescura física, devido ao escasso número de opções, ao estado do relvado etc. Até aos 70', o Penafiel foi melhor, jogou mais no meio-campo do Beira-Mar e criou boas jogadas. Rogério Gonçalves tentou reagir através das entradas de João Pedro, Wegno e Dedé para os lugares de Primo, Vitinha e Vasco Matos. O Beira-Mar melhorou, retomou o domínio da partida mas sem grandes consequências práticas.

Com este empate o Beira-Mar hipotecou, praticamente, qualquer possibilidade de chegar à final. O Setúbal ao vencer o Sporting está lá quase e este deverá ocupar a outra vaga.

Abandonando a Taça da Liga e pensando já no próximo jogo:

A preocupação cresce. Jogo decisivo frente ao Vizela. O Beira-Mar tem de vencer. Sentimos a equipa cansada, o relvado não vai melhorar da noite para o dia e os reforços não vão aparecer a tempo. Aliás, pensem nisto: Toda a gente sabia que o mês de Janeiro ia ser decisivo: Pela desvantagem pontual, pelas 3 frentes em que o Beira-Mar estava envolvido e consequente existência de vários jogos num curto espaço de tempo. Pois bem, o que fez a direcção: Após ter assumido que iria reforçar a equipa, antes que chegue alguém (não basta assinar, falamos, pelo menos, em treinar e poder ser convocado) transfere 2 titulares. Reparem no resultado: Para o período mais difícil da época, o Beira-Mar está mais fraco, com menos opções para cada jogo, já que o timing das transferências foi completamente errado! Não tem jogadores para substituir os que saíram quanto mais para jogar vários jogos a um bom nível num curto espaço de tempo!! Para isto, era preferível não ir vir niguém mas também não sair ninguém. Pelo menos, mantinha-se o grupo. Conclusão: Vai falhar nas 3 frentes! Querem o quê?!?! Ópera?!?! Subida?!?! Impossível... Não há organização. Não há estratégia nem planificação. A juntar a isto, temos o facto da entidade gestora do estádio não conseguir assegurar um relvado com condições mínimas para a prática do futebol. Toda a gente sabia que os 3 primeiros jogos de Janeiro eram em casa. Bastou chover um bocadinho e chegou-se ao presente estado. O Beira-Mar é o mais prejudicado devido ao estilo técnico do seu futebol (talvez a equipa mais técnica da II Liga). Enfim... melhores dias virão!