Varzim 1 - 1 Beira-Mar

Numa partida muito disputada (e bem jogada), em que o domínio da partida foi repartido, o empate acaba por ser o resultado justo.

O Beira-Mar entrou muito bem na partida, a jogar “olhos nos olhos”, demonstrando grande carácter e vontade de vencer. Logo aos 5 mins., Djamal recupera a bola a meio-campo, abre para Fangueiro, este vai à linha, cruza e por pouco Rui Varela não chegou primeiro à bola do que Marafona. Dois minutos depois, jogada em tudo idêntica, de novo Fangueiro a cruzar mas desta feita foi um defesa a cortar o lance. Como “à terceira é de vez”, aos 9 mins, Djamal recupera a bola no meio-campo, passa para Élio, que sobre a esquerda isolou-se e perante Marafona rematou colocado, inaugurando o marcador. O golo era o corolário da boa entrada dos auri-negros na partida.

Contra a corrente do jogo, o Varzim chega à igualdade, aos 17’: Cruzamento de Vítor Júnior, Pedro Santos antecipou-se a Palatsi e de cabeça atirou para o fundo das redes. O guardião não ficou bem na fotografia mas ficou ainda pior quando alguns minutos depois, cerca dos 20’, quando se lesionou (problema muscular). Foi substituído por Bruno Conceição.

Aos 21’, após uma falha de energia numa das torres de iluminação (nada de muito grave), o jogo foi interrompido. A paragem foi prolongada, cerca de 15 mins., e a partir daqui o cariz do jogo mudou: O Varzim passou a dominar a partida, fruto, acima de tudo, de um "coração enorme". A equipa correu quilómetros, pressionou alto, ganhou inúmeros cantos mas, valha a verdade, não criou muitas oportunidades de golo. A excepção pertenceu a Mendes, na melhor jogada do Varzim da 1ª parte. Podemos dizer que o Varzim justificou o golo do empate, pelo que fez depois da marcação do golo e da já referida interrupção da partida.

A 2ª parte começou tal como terminou a 1ª: Domínio do Varzim, que pressionava em pleno meio-campo adversário, enquanto que o Beira-Mar apresentava muitas dificuldades na 1ª fase de construção, não conseguindo ligar o seu jogo e criar jogadas de perigo. Nelsinho protagonizou uma boa situação de golo, aos 65’, mas Kanu cortou para canto.

Perante isto, Leonardo Jardim “mexeu”: Saiu Fangueiro e entrou Artur. Paulatinamente, o Beira-Mar foi equilibrando as operações a meio-campo e assistimos, no último quarto-de-hora, a um jogo emocionante. Bola cá, bola lá, lances de perigo junto das duas balizas, em que qualquer uma das equipas poderia marcar (e assim vencer a partida). Destacamos os lances de Élio aos 82’ - remate a passar muito perto do poste, após passe de Igor Pita e de Bruno Moreira, de cabeça, quase fazia o golo, após cruzamento de Nelsinho.

Desta forma, tendo em conta o equilíbrio entre as duas equipas, consideramos que o empate é o desfecho certo para uma partida extremamente competitiva. Nenhuma das formações merecia perder. O resultado pode não ser aquele que todos desejávamos (a vitória significaria a liderança da Liga Vitalis, o que considerando o momento do clube seria notável) mas não deixa de ser positivo, face ao cenário em que se vive, ao valor do adversário e ao desenrolar da partida. O brio, a garra e espírito de sacrifício dos jogadores saem intocáveis do jogo da Póvoa.

O Beira-Mar está em 5.º a apenas 1 ponto do conjunto de líderes do campeonato: Gil Vicente, Feirense e Portimonense.

Força Beira-Mar!!!